A presidenta Dilma informou, hoje (26) no início da noite, que irá retirar a MP 557, que criou o cadastro compulsório de mulheres grávidas. Disse ao público do Fórum Social Temático, em Porto Alegre, que o governo errou e que é preciso consertar o erro. Vários movimentos de mulheres comemorram com entusiasmo. Contudo, como não foram apontados os erros cometidos e nem o que será feito, cabe ainda certa cautela. É preciso ver se a MP será retirada ou substituída por outra e qual o texto dessa outra.
Isso pode muito bem representar uma vitórias dos movimentos feministas, que articularam grande pressão por meio da internet e junto ao Conselho Nacional de Saúde, que ontem debateu o tema e se mostrou contrário aos termos da Medida Provisória e à intenção do Ministério da Saúde. Uma comissáo foi criada, a pedido do ministro Padilha, como forma de protelar a votação da matéria do Conselho, mas já se apontava uma tendência para a reprovação do conteúdo da MP.
De qualquer forma, com a alegria de quem conquista uma vitória pela resistência, é importante manter a pressão e a vigilância. Nos últimos tempos, as medidas do patriarcalismo contra as mulheres têm avançado muito no Brasil, por meio especialmente da ação de grupos religiosos ultra-conservadores e devido aos pactos políticos que temem criar arestas com a direita.
Fonte: Universidade Livre Feminista
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